terça-feira, 31 de agosto de 2010

Rede COEP lança terceira edição de prêmio que valoriza a participação social

Rede Nacional de Mobilização pela Vida

O Prêmio Betinho – Atitude Cidadã valoriza as pessoas que no dia a dia lutam contra a fome e pela promoção dos direitos de cidadania. A iniciativa é uma homenagem ao sociólogo Herbert de Souza, um dos fundadores do COEP - Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida.

O COEP Nacional e a Rede Mobilizadores lançam, no dia 9 de agosto, a terceira edição do Prêmio Betinho – Atitude Cidadã. Promovido desde 2008, o prêmio valoriza ações sociais realizadas por pessoas de todo o país que se mobilizam de diversas formas para melhorar as condições de vida de comunidades de baixa renda ou das localidades onde vivem.

“Em 1993, o Betinho criou o COEP. Hoje, após 17 anos, temos muitas histórias de mobilização para contar e é com esse espírito de colaboração e de exemplo de atitude cidadã que lançamos a terceira edição do Prêmio”, conta André Spitz, presidente do COEP Nacional.

As ações realizadas pelos candidatos têm diversos focos, desde ações de assistência, capacitações para geração de renda, até a promoção do desenvolvimento sustentável de comunidades e a preservação do meio ambiente. Histórias como a de casais que tiveram filhos com deficiência e criaram associações voltadas para esse público, de ex-dependentes químicos que agora dão palestras sobre prevenção de drogas, de mulheres que criaram cooperativas com o objetivo de ajudar as famílias locais e hoje já atingem outras comunidades em diversos estados são exemplos de algumas iniciativas.

“A divulgação nacional de ações na área social, que muitas vezes ficariam conhecidas somente em suas próprias cidades, estimula o surgimento de iniciativas semelhantes, mobilizando outras pessoas para encontrarem sua forma de participação social”, explica Amélia Medeiros, secretária executiva adjunta do COEP Nacional e coordenadora da premiação.

Os candidatos são indicados pelos integrantes da Rede COEP, formada por organizações de 27 estados e 29 municípios, escolhidos pelas ações sociais que desenvolvem diretamente ou por meio de organizações parceiras.

Novidades

Como nos outros anos, a votação será feita no site do prêmio www.coepbrasil.org.br/premiobetinho, de 9 de agosto a 3 de novembro. Nesta terceira edição, há duas novidades: a primeira é a seção “Minha Mobilização”, que vai reconhecer aqueles que mais se empenharem em divulgar e aumentar a votação no prêmio. Ao votar, a pessoa receberá automaticamente em sua caixa postal um e-mail com um link personalizado gerado pelo site. Para atrair novos votos, basta reencaminhar esse link para sua rede de amigos. Depois, poderá verificar o impacto da sua mobilização, acompanhando a seção no site do prêmio. Ao final da votação será reconhecida a pessoa que se destacou como Mobilizador.

A segunda novidade é o lançamento do “Mapa de Atitudes Cidadãs”, um banco de informações com todas as ações realizadas pelos candidatos das edições anteriores. Novas ações também podem ser cadastradas por pessoas ou organizações que queiram destacar iniciativas desenvolvidas em comunidades de baixa renda. “A descrição da atuação de cada candidato possibilita a criação de um acervo de ideias que podem inspirar outros atores a encontrar seu caminho para participar da construção de um Brasil melhor para todos”, conclui Amélia.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais de 200 municípios não receberão livros didáticos do MEC em 2011

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em 2011, 222 municípios não receberão os livros didáticos que são distribuídos anualmente pelo Ministério da Educação (MEC) de forma gratuita a todas as escolas públicas de educação básica. A partir desse ano, para ter acesso às obras, as secretarias de Educação precisavam aderir ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

A adesão para 2011 chegou a 96%. Dos 222 municípios que não se inscreveram, quatro manifestaram interesse em receber os livros, mas depois do prazo. Nesse caso, as escolas receberão as obras a partir de 2012. Além dessas localidades, 16 escolas federais também não firmaram o termo de adesão.

Até o ano passado, todas as escolas da rede pública recebiam os livros, mas, em alguns casos, as redes de ensino optavam por adquirir materiais didáticos de sua preferência e não utilizar as obras enviadas pelo governo federal. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC responsável pelo programa, o objetivo da mudança foi evitar o desperdício.

A maioria dos municípios que não aderiram, cerca de 150 deles, são do estado de São Paulo. As secretarias de Educação ou entidades que ficaram de fora do PNLD 2011, mas queiram receber as obras em 2012, podem firmar o termo de adesão com o FNDE a qualquer momento.

Para 2011, o PNLD vai atender a estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental com obras de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol).


Edição: Lílian Beraldo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Biblioteca do DF é referência internacional na inclusão de deficientes visuais

Agência Brasil

Quando perdeu a visão, o aposentado Francisco de Paula, 62 anos, passava a maior parte do tempo em casa, deprimido. Agora, faz aulas de informática, inglês, fotografia, dança e reciclagem de leitura em braille. As atividades que ele desenvolve agora, de segunda a sexta-feira, o fizeram “ressurgir e descobrir uma nova vida”. Elas ocorrem na Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, no Distrito Federal.

“Isso preenche meus dias e me sinto feliz com a companhia das pessoas que têm a mesma deficiência que eu, dos professores e dos voluntários”, conta. Um de seus colegas é o aposentado Napoleão Queiroz, 51 anos, que participa da dançaterapia e das aulas de informática. “Estou aprendendo coisas que pensava que não seria capaz de fazer”, diz.

A Biblioteca Dorina Nowill atende todo mês, em média, 80 deficientes visuais como Francisco e Napoleão. Além dos adultos, que buscam o resgate da autoestima, há jovens que frequentam o ensino regular e fazem aulas de reforço. Os voluntários leem textos e exercícios das apostilas escolares, impressas em tinta, e tiram dúvidas do conteúdo. “É bom saber que posso ajudar e me sentir útil”, afirma a voluntária Valéria Freitas, 24 anos, estudante, que dá aulas de reforço de inglês e biologia.

A biblioteca também promove a ressocialização de seus frequentadores. “Idosos que ficaram cegos e deprimidos em casa se sentem inseridos novamente na sociedade. Juntos, eles se sentem iguais”, afirma a professora e funcionária da instituição Maria Ildérica. “Há uma preparação para o mundo lá fora. Muitos se sentem estimulados a voltar a estudar ou trabalhar. Ninguém segura o deficiente quando ele sente esse gostinho de voltar à vida”, completa a fundadora da biblioteca, Dinorá Couto Cançado.

Outra atividade é a alfabetização em braille. A biblioteca empresta aproximadamente 2 mil obras literárias e didáticas em braille. Há também livros impressos em tinta, que podem ser gravados em áudio por voluntários ou apresentados em rodas de leitura. Segundo Dinorá, a biblioteca tornou-se referência nacional e mundial pelo seu trabalho literário e social. Com frequência, ela é convidada para participar de congressos, seminário e cursos em vários países.

Na sexta-feira (20/8), às 20h, ela estará no estande do Plano Nacional do Livro e Leitura, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, para debater o projeto Luz e Autor em Braille. Dinorá vai contar como foram os encontros de autores com deficientes visuais na biblioteca durante cinco anos, de 1995 a 2000. O projeto consistia em permitir uma conversa entre autores e leitores para, a partir daí, os deficientes visuais escreverem um texto inspirado no escritor. O texto podia ser uma crônica, poesia ou até música. As produções foram reunidas na coletânea Revelando Autores em Braille, publicada em 2001.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Exposição sobre Fernando Pessoa abre hoje para o público

PublishNews - 24/08/2010 - Por Redação

Em “Fernando Pessoa, plural como o universo”, em cartaz de hoje (24) até o dia 30 de janeiro no Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n – Luz – São Paulo/SP), o público terá a oportunidade de conhecer, ou reconhecer, algumas das personas do poeta português, que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos e por “Ele-mesmo”, e de observar a interação entres esses e outros vários personagens literários criados simultaneamente ao longo de seus 47 anos de vida. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer, a exposição mostrará toda a multiplicidade da obra de Pessoa e pretende conduzir o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras. Essa será a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa vai abrigar uma exposição sobre um autor português. Veja outros detalhes da exposição no “Leia Mais”.