quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Como Portugal usa TI nas escolas

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(Fica o estímulo para pensarmos como poderia ser trabalhada a leitura num sistema como esse. Alguém tem uma ideia?)
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Artigo de Marco Munhoz, para o portal Info Online, da Abril.com

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Adotar tecnologia para dar aos jovens uma educação adequada para o século 21 é um dos investimentos mais inteligentes que um país pode fazer hoje. Portugal virou referência nesse assunto. Em 2005, sua economia estava débil e o país registrava os índices educacionais mais baixos de toda a Europa Ocidental. Até que Portugal decidiu investir pesado em um choque tecnológico. Isso significava, entre outras coisas, assegurar que todos os trabalhadores saberiam lidar com um computador e usar a internet.
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O mais lógico era começar pela escola, que tinha apenas um PC para cinco crianças. O objetivo era ter um computador para cada dois estudantes até 2010. Hoje, cerca de nove a cada dez alunos do primeiro ao quarto ano têm notebooks em suas mesas. O impacto na sala de aula foi tremendo, como tive a chance de ver recentemente em uma escola pública de Lisboa. Foi a aula mais excitante, barulhenta e colaborativa que eu já vi no mundo.
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O professor levou as crianças para um blog de astronomia com uma imagem colorida do sistema solar. “Quem sabe o que é um equinócio?”, perguntou. Ninguém sabia. “Certo, então por que vocês não descobrem?” O falatório começou e as crianças se agruparam. Até que os alunos de um grupo mataram a charada e deram a explicação para os colegas. É exatamente o oposto de tudo o que há de errado em uma aula. As crianças portuguesas estavam curtindo aprender sobre astronomia, estavam colaborando entre si, trabalhando em seu próprio ritmo. Mal notaram a tecnologia, o notebook, que era transparente para elas. Isso mudou a relação que tinham com o professor. Em vez de ficarem se mexendo em suas cadeiras, enquanto o professor fala e rabisca na lousa, viraram exploradores.
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Em outros países, os professores continuam a se apoiar no modelo industrial de educação. O professor é um expert e os estudantes têm de absorver tudo o que ele fala — e frequentemente acredita-se que essa é a única forma de ensinar a grandes classes. Dar notebooks às crianças pode libertar o professor ao introduzir uma nova forma de aprender que é mais natural às crianças que cresceram em um lar digital. Isso permite aos professores sair de cima do tablado e começar a escutar e conversar. Assim, os estudantes podem fazer descobertas sozinhos e aprender a refletir de forma crítica em vez de apenas memorizar. Eles também podem colaborar entre si e com pessoas de fora da escola. Em Portugal, o uso da tecnologia vem permitindo que os professores tenham a chance de adaptar o estilo de educação ao estilo individual de cada aluno aprender. Taí um belo exemplo.

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