segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Da formação permanente de leitores

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Contribuição da professora Rosane Mari dos Reis, de Joinvile (SC), enviada por e-mail ao moderador. Rosane participa do 1º Prêmio Ecofuturo de Educação para a Sustentabilidade com o projeto "Land Art: a criança na terra fazendo arte".
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De que adianta oferecer livros por todas as partes, se gerações passam umas após as outras sem aprender a gostar de ler? A resolução deste problema se inicia na base da educação da primeira infância, onde os professores da educação infantil devam promover momentos diários de prazer lúdico que envolvam atividades de leitura e contação de histórias. No entanto, este tipo de intervenção não pode se restringir à educação infantil. Tem que continuar por toda a vida escolar da criança, até que ela própria sinta a necessidade de buscar as leituras que lhe dêem prazer e lhe façam crescer cultural e intelectualmente.
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Trabalhei por dois anos como coordenadora de uma biblioteca escolar e uma coisa que me deixava angustiada era ver a mudança que acontecia quando as crianças passavam da 4ª para a 5ª série. Até então, amavam as leituras, as contações de história, levavam livros para casa, enfim. Não sei o que acontecia, parece que depois as professoras não mais as viam como crianças e por isso não mais permitiam que a ludicidade continuasse a fazer parte deste momento tão especial que era a aula de leitura. Daí então os livros eram indicados e sobre eles eram cobrados fichas, resumos, resenhas... E transformados em objetos de "chatices", como diziam as próprias crianças.
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Tão importante quanto oferecer espaços de leitura é observar a quantas andam as providências nas escolas para a formação permanente de leitores espontâneos e entusiasmados.
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