segunda-feira, 31 de maio de 2010

Leitor de Recife conta sua história de leitura

A Fascinação da Palavra
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Marcílio Medeiros, Recife, PE

Aos dez anos, deparei-me com a tarefa escolar de ler o volume 1 da Coleção Para Gostar de Ler, com crônicas de Drummond, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga. Um dos textos que recordo especialmente, intitulado O Padeiro, falava da figura matinal que levava o pão à casa das pessoas, batia à porta e gritava: não é ninguém, é o padeiro. O cronista, certa vez, indaga-o: como você teve a ideia de dizer isso... então, você não é ninguém? O interlocutor dá-lhe como resposta, sorrindo e sem mágoa, que se acostumou com aquilo, ao ouvir repetidamente a empregada dizer para a dona da casa, ao ser perguntada quem é: não é ninguém, não senhora, é o padeiro.

No ano seguinte, ganhei de aniversário O Menino do Dedo Verde, do escritor francês Maurice Druon, membro da Academia Francesa de Letras e bisneto de um brasileiro, Odorico Mendes, tradutor de Homero e Virgílio.

Contava a estória do menino Tistu, que fazia brotar flores e plantas com o toque do seu dedo e, ao ter contato com a violência do mundo, passa a utilizar seu dom especial, como forma de resistência e transformação da realidade.

Foi assim que me tornei um leitor voraz. Por essa época, descobri a Biblioteca Pública de Pernambuco, na qual havia uma seção circulante que emprestava livros a quem se cadastrasse. De posse do meu cartão de leitor – que era cinza, com uma foto na parte superior e muitos quadradinhos para marcar as datas de empréstimo e devolução – passei a pegar livros sem parar. Desse modo, li tudo que encontrei pela frente de Julio Verne e Agatha Christie.

Em seguida, vieram os cronistas: os meus velhos conhecidos do livro da escola que citei acima, Lygia Fagundes Telles, Rachel Jardim, Cecília Meireles... Transitando, com curiosidade e desejo sem fim, por aquelas prateleiras de aço, logo vieram os romances e a poesia... e depois tudo junto.

Em casa, encontrei a coleção Grandes Romances Universais, formada por vinte volumes, editado pela W. M. Jackson Inc. Editores, em 1963, que tinha sido de meu pai. Como é que aquilo tudo estava ali e eu não havia reparado? E haja A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo etc., que lia, com solenidade, em volumes de capa dura. Depois, comecei a formar minha biblioteca, com livros adquiridos na Livro 7 (Recife).

Hoje, quando sentei para registrar estas reminiscências, encontrei, ao acaso, uma notícia acerca das comemorações dos 156 anos de fundação da Biblioteca Pública de Pernambuco, iniciadas dia 05 deste mês, e as memórias tornaram-se mais doces.


(escrito em 14.08.2008)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Mata Atlântica: luta pela preservação

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Prêmio FNLIJ 2010

PublishNews - 25/05/2010 - Por Redação

A Cosac Naify e Edições SM tiveram o melhor desempenho no Prêmio FNLIJ 2010 – Produção 2009. Dos 22 livros selecionados nas 17 categorias, elas emplacaram quatro títulos cada uma. A terceira melhor colocada foi a Companhia das Letrinhas/Companhia das Letras, com três prêmios. Além delas, foram reconhecidas as seguintes editoras: Manati, Geração Editorial, Record, Global, RHJ, Casa Lygia Bojunga, Aletria, Paulinas, Rocco, Autêntica e Martins Fontes. A premiação começou em 1975 e desde então é referência no cenário literário infantil e juvenil. A entrega do prêmio será feita no 12º Salão do Livro para Crianças e Jovens, marcado para o período de 8 a 19 de junho, no Rio de Janeiro. Entre os vencedores estão Graziela Bozano Hetzel, Marina Colasanti, Angela Lago, Lygia Bojunga, Bartolomeu Campos de Queirós, Ondjaki, Roger Mello, Heloísa Seixas e outros. Para ver a lista completa, faça o download aqui.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lula sanciona lei que determina instalação de bibliotecas em escolas


Do G1, em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que determina a instalação de bibliotecas em todas as instituições de ensino do país, incluindo públicas e privadas. De acordo com o texto, publicado no "Diário Oficial" da União nesta terça-feira (25), cada biblioteca deve ter, no mínimo, um título para cada aluno matriculado.


A organização, a manutenção e o funcionamento desses novos espaços devem ser definidos pelas instituições.

Ainda segundo a publicação oficial, as bibliotecas escolares devem contar com "coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados a consulta, pesquisa, estudo ou leitura". O prazo máximo para a instalação dessas bibliotecas é de dez anos.

Também no "Diário Oficial", há uma lei que autoriza a instalação de salas de aulas em presídios. Nesses locais, devem ser realizados cursos do ensino básico e profissionalizante. Essa determinação entra em vigor a partir da data da publicação.

Saiba mais

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Professora gaúcha alfabetiza e incentiva prazer da leitura


Via Ministério da Educação

Quarta-feira, 19 de maio de 2010 - 14:37

Apaixonada por alfabetização, a professora Beatriz Rocha Gonçalves acredita que ao incentivar o prazer da leitura entre os pequenos estudantes pode transformá-los em futuros autores e leitores. Assim, tem desenvolvido inúmeros projetos de estímulo à leitura com alunos do primeiro ano na Escola Estadual Almirante Álvaro Alberto Motta e Silva, em Porto Alegre.

“Sempre procuro ler para as crianças os mais variados textos. Ao fim de cada ano, noto que elas têm gostado de ler”, destaca Beatriz, formada em pedagogia com habilitação em educação infantil e pós-graduação em alfabetização. Há 14 anos no trabalho com crianças, ela está há nove na Escola Motta e Silva, onde também exerce a função de vice-diretora. A unidade de ensino está localizada na Vila Barracão, comunidade pobre da zona sul da capital gaúcha.

Um dos projetos criado por Beatriz é o Despertando o Gosto pela Leitura. Desenvolvido em seis aulas, possibilita às crianças se familiarizarem com a linguagem e os elementos presentes nos livros de histórias, nos jornais e nos textos instrucionais, em regras de jogos e em receitas culinárias, por exemplo. Além disso, pretende ampliar o vocabulário dos alunos elevá-los a interpretar e recontar os textos lidos.

Beatriz também desenvolveu o projeto Cantigas de Roda, no qual trabalhou de forma lúdica a leitura e a escrita para resgatar cantigas antigas, com pais e avós. Em outro projeto, o Histórias Infantis, além de conhecer as obras, os alunos receberam informações sobre a biografia de autores famosos. Os estudantes puderam apreciar as atividades propostas e os jogos (bingo, trilha, memória, entre outros) realizados a partir dos livros. “Os contos de fadas são ótimos para os alunos fantasiarem, criarem e, consequentemente, despertarem o gosto pela leitura”, afirma Beatriz, que também usa poesias para alfabetizar as crianças.

“A cada ano, vejo como as crianças estão gostando de ler. Elas começam a pegar livros da biblioteca, espontaneamente, para ler em casa”, ressalta. Segundo a professora, a biblioteca da escola tem obras interessantes, mas é necessário aumentar o acervo.

Os projetos da professora Beatriz podem ser conhecidos no Portal do Professor.

Fátima Schenini

Saiba mais no Jornal do Professor

terça-feira, 18 de maio de 2010

Descarte de livros, um disparate assustador

Via PublishNews

O Estado de S. Paulo - 14/05/2010 - A. P. Quartim de Moraes

Implementando uma "nova política para devolução de livros consignados", uma grande editora brasileira instruiu os seus clientes - distribuidores e livrarias - a "descartar" livros não vendidos, devolvendo apenas as capas e a página da ficha catalográfica! Nenhuma instrução específica sobre como promover o "descarte" das obras encalhadas: fogueira, alto-forno, lata do lixo, reciclagem. Nada. Apenas: livrem-se deles! Inacreditável, mas verdadeiro. Tão verdadeiro quanto absurdo. E tão absurdo que a própria editora, sob a pressão da enxurrada de críticas que imediatamente recebeu, cancelou a disparatada instrução. Menos mal. Diante da evidência pública do enorme despropósito, alguém teve o juízo de dar o dito por não dito e colocar a tranca mesmo depois da porta arrombada. Não, não se tratou de um "cochilo" de algum executivo afoito e desavisado! O que certamente houve é que alguém, afoita e desavisadamente, propôs interna corporis a genial ideia como fórmula miraculosa para salvar um troco nas operações de regularização das consignações. Afinal, os fretes andam pela hora da morte! E todo o board embarcou na canoa furada. Ah, se arrependimento matasse! Surpreendente? Absolutamente, não! É assim que funciona a cabeça da maior parte dos executivos que hoje comandam a indústria do livro.

(A. P. Quartim de Moraes é editor associado da Global Editora)

Leia o texto na íntegra.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Histórias de leitura: Rasane Fernandes

Tudo que sou devo ao contato que sempre me foi proporcionado com os livros.

Desde muito pequena, lia enciclopédias, revistas, gibis e qualquer material escrito que encontrava disponível. Meu pai estimulava isso.

Na escola, fui apresentada a autores como Jorge Amado e Graciliano Ramos, a literatura era presente e trabalhada de um modo que fazia sentido para nós. Ler era um prazer!

Quando me dei conta, escrevia bem e comecei a me inscrever em concursos de redação, poesias e frases.

A biblioteca era a minha segunda casa... um ambiente que me permitia fazer viagens intermináveis, onde eu aprendia e vivenciava experiências mágicas com minhas interpretações.

Na época da faculdade, custeei meus estudos com um estágio na biblioteca da universidade e o acesso direto e irrestrito aos títulos só colaborou para meu crescimento.

Em outro momento de minha vida, fui selecionada para ser revisora de textos para uma conceituada editora, e meu trabalho era LER (fazer o que mais gosto e ainda receber por isso!). Perdi a conta de tudo que devorei naquele ano... Terminava o dia com os olhos inchados e a cabeça cheia de ideias, cores, novidades, possibilidades, palavras e sonhos.

Sou apaixonada por livros, leio diariamente, e hoje tenho o privilégio de trabalhar com projetos de leitura e aprofundar meus conhecimentos sobre o tema.

Rosane Fernandes


Envie você também sua história de leitura e participe do texto coletivo a ser enviado ao Senado Federal.


Depoimentos e histórias podem ser enviados à moderação do blog: ecoleitura@gmail.com ou postados aqui mesmo: clique no botão "comentários", na barra inferior.


A palavra é sua e o texto será de todos!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Selo Povo põe o pé na estrada


A cidade de Campinas (SP) recebe nessa quarta-feira, 14 de abril, às 20 horas, no Sesc local (R. Dom José, 270 - Bonfim) a segunda parada da turnê do Selo Povo. "Selo feito para livros de bolso, livros esses escritos por e para mãos operárias, rebeldes, marginais, periféricas", descreve Reginaldo Ferreira da Silva, o Ferréz, sobre a coleção que publica livros ao preço de uma cerveja e meia: 5 reais para o público final e 4 reais para quem se interessar pelo trabalho de distribuição.

A ideia do Selo Povo surgiu em 2009 durante um sarau e é simples, básica: "vender ótima literatura, principalmente do gueto, para o gueto e com um preço bem diferente, bem justo". Tudo é feito como em qualquer editora, com a excessão da partilha das vendas. A editora e o distribuidor ficam com menos. Dá para cobrir os custos? "Bate ali no teto, mas o prazer de ver o cara podendo comprar dá um lucro enorme", responde Ferréz, que lembra também do apoio da Ação Educativa para garantir o projeto.

Para quem se pergunta o que é essa literatura do gueto, trata-se da literatura feita nas imensas periferias das cidades brasileiras, por indivíduos imersos nessa realidade, que resolveram produzir seus próprios versos e prosa. Para Ferréz a principal característica dessa literatura dita marginal é ser contundente, mas ele evita entrar nessa dicotomia centro-periferia. "Já passamos dessa coisa de ser da 'periferia', agora as pessoas olham os autores, os textos".

Localizada no número 40 da Galaria do Rock, centro de São Paulo, a loja 1daSul - da marca homônima de roupas e acessórios confeccionados no Capão Redondo, bairro da Zona Sul da capital paulista onde Ferréz cresceu e ainda mora - é um dos oito pontos de venda onde já podem ser encontrados os dois primeiros títulos do Selo Povo: Cronista de um tempo ruim, coletânea de textos escritos por Ferréz e publicados na Caros Amigos, Folha de São Paulo, Le Monde Diplomatique Brasil, Trip e Relatório da ONU; e Amazônia em chamas, primeiro livro de Cátia Cernov, escritora de Rondônia ligada a questões ambientais. Serão lançados pelo menos mais quatro obras até agosto de 2010.

Ferréz espera que com o Selo Povo não haja mais desculpa para não se comprar um livro. Uma imagem recorrente nas suas declarações é a literatura mantida como um vinho caro, guardado na adega, acessível a poucos endinheirados, quando se fala no preço de um exemplar em relação ao rendimento médio do brasileiro. O Selo Povo é a tentativa de vender a produção dessa literatura marginal a preço de cesta básica.

Com mais oito datas previstas, Ferréz e o Selo Povo segue em turnê de lançamento. A próxima parada será no Sarau do Brasa, em Vila Brasilândia (Rua Prof. Viveiros Raposo, 534).

>Leia mais sobre a 1daSul em artigo da Carta Capital de 9 de abril.

>Veja aqui a entrevista concedida por Ferréz por ocasião do Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito, evento ocorrido em junho de 2009 no Itaú Cultural.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Arca das Letras: SC lidera em número de bibliotecas rurais

Programa já implantou em todo o País mais de 7 mil bibliotecas rurais; só em Santa Catarina foram 831

PublishNews - 11/05/2010 - Redação

O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, da Secretaria do Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), completou a marca de 813 bibliotecas rurais no estado de Santa Catarina na última sexta-feira (7), durante a II Feira Sustentável, em Joinville, com a entrega de mais 111 bibliotecas rurais, com o apoio do Banco do Brasil. Também serão capacitados 222 novos agentes de leitura de 107 municípios do litoral catarinense e de quatro municípios do Alto Vale do Itajaí. No total são mais de 1.600 agentes de leitura de comunidades rurais no estado. A coordenadora de ação cultural do MDA, Cleide Soares, avalia o crescimento do Programa Arca das Letras. “O índice de leitura no Brasil não passa de 4 livros por ano, por pessoa. No campo, já temos vários leitores que leem de 30 a 40 livros por ano”. Agora, Santa Catarina, é o primeiro estado do país em número de bibliotecas Arca das Letras. O Ceará fica com o segundo lugar (777), seguido do Rio Grande do Norte (671). O Arca das Letras implantou em todo o País mais de 7 mil bibliotecas rurais. Até agora, o número de livros distribuídos passa de 1,8 milhão, beneficiando mais de 800 mil famílias do campo.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Escolas já podem escolher didáticos para 2011

PublishNews - 07/05/2010 - Por Redação

Professores e diretores das escolas públicas de ensino fundamental de todo o país já podem começar a estudar e debater com suas equipes pedagógicas sobre com quais livros didáticos irão trabalhar a partir de 2011. O Guia do Programa Nacional do Livro Didático 2011 está disponível no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O documento também será distribuído em versão impressa às escolas em maio e traz um resumo das obras selecionadas para a escolha dos professores e diretores. As obras escolhidas neste ano serão usadas por estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, englobando as seguintes disciplinas: português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês e espanhol). O período para os professores optarem pelos livros no portal do FNDE vai de 21 de junho a 4 de julho.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

E assim foi... O Dia Nacional da Leitura


De 12 a 16 de outubro, quando se comemorava pela primeira vez o Dia Nacional da Leitura e a Semana Nacional da Leitura e Literatura, 41 bibliotecas comunitárias Ler é Preciso se mobilizaram pela realização de atividades que celebrassem esse acontecimento inaugural, fortalecendo nossa campanha – a importância de ler com e para crianças. Em comemoração ao marco do dia 12 de outubro como sendo o Dia Nacional da Leitura, o Instituto Ecofuturo quis premiar as três melhores ações realizadas nessas Bibliotecas...


É com muito orgulho que encaminhamos às 84 Bibliotecas Comunitárias este dossiê com as atividades de leitura realizadas. Recebemos 51 planos de trabalho, dos quais 41 se efetivaram. O resultado foi uma formidável promoção de leitura a mais criativa, desde alunos dormindo em bibliotecas e confecção coletiva de colchas de retalhos que relembravam o parentesco etimológico entre “tecer” e “texto”, a contação de histórias e presenteio de livros em postos de distribuição de leite.
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*Para ler o dossiê, Clique em MENU e, em seguida, View Fullscreen, na barra inferior do arquivo*
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Moradores do Complexo de Manguinhos ganham biblioteca

Via PublishNews

O Globo - 02/05/2010 - Por Karla Monteiro

Até a década de 80, Manguinhos, às margens da Avenida Brasil, tinha o seu valor econômico. Várias indústrias funcionavam ali, trazendo dinheiro, emprego e vida para as redondezas. Hoje, somente a área junto à estação ferroviária ainda é chamada de Manguinhos. O resto são favelas que formam o temido Complexo de Manguinhos, dominado pelo tráfico. O PAC chegou até lá, trazendo novidades para os 50 mil moradores: escolas, creches, uma Unidade de Pronto Atendimento, um conjunto habitacional, um parque aquático, um centro para jovens e ainda prevê obras de urbanização para integrar as favelas à cidade. Na quinta-feira, foi inaugurada a biblioteca, a cereja desse grande bolo, que no total custou aos cofres públicos R$ 358 milhões. Ela fica bem no meio do conjunto, ocupando um galpão de 2.300 m2. Do lado de dentro, móveis coloridos, estantes bem arrumadas, computadores novinhos e uma turma trabalhando cheia de vontade — 70% são moradores dali. O acervo de livros, por enquanto, é de 25 mil obras. A biblioteca é high-tech, com 900 DVDs e 3 mi de músicas digitalizadas. A ideia de fazer uma biblioteca assim nasceu de exemplos na Colômbia e no Chile. No café, ainda em construção, haverá aulas de culinária. Está em fase de finalização um grande cinema. Há ainda uma sala batizada de Meu Bairro onde os moradores podem promover encontros. Uma área para deficientes visuais conta com computadores com teclado em braile e equipamento especial que escaneia o texto escrito e emite a leitura em voz sintetizada.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Guarapiranga vai ter biblioteca

Via PublishNews

Folha Online - 04/05/2010 - Por Redação

Um motel localizado na orla da represa Guarapiranga começou a ser demolido nesta segunda-feira para a ampliação do parque Praia de São Paulo, na avenida Roberto Kennedy, zona sul de São Paulo. Segundo a prefeitura, com a demolição o parque aumentará para 25 mil m2 sua área verde. No local onde foi demolido o imóvel, será construída uma biblioteca temática sobre esportes aquáticos e, no entorno do parque, haverá 10 km de ciclovia. As intervenções fazem parte do programa de recuperação da orla da Guarapiranga, que prevê a implantação de sete parques na região.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

MinC lança edital de apoio a bibliotecas em todo o País

Aporte de recursos no setor saltou de R$ 6 milhões, em 2003, para R$ 95 milhões, em 2009, com crescimento superior a 1.500%

Ministério da Cultura - 30 de abril, 2010

O Ministério da Cultura vai investir R$ 30,6 milhões em 300 bibliotecas públicas brasileiras para a modernização dos equipamentos, a construção dos espaços em distritos, bairros periféricos ou zonas rurais e a adequação do local, acervo, programação e atendimento às pessoas portadoras de deficiência. Prefeituras municipais e governos de estados podem apresentar seus projetos, pleiteando uma verba que varia de R$ 85 mil a R$ 115 mil, por meio do Edital Mais Cultura de Apoio às Bibliotecas Públicas. As inscrições encerram-se em 15 de junho.

O edital é mais uma das ações do MinC visando a democratização do acesso ao livro e o fortalecimento do sistema de bibliotecas públicas do país. Entre 2003 e 2009, o MinC investiu mais de R$ 286 milhões em políticas públicas de incentivo à leitura e acesso ao livro. O aporte de recursos no setor saltou de R$ 6 milhões, em 2003, para R$ 95 milhões em 2009, por meio do Mais Cultura – crescimento superior a 1.500%. Neste período, foram implantadas mais de 1.200 bibliotecas públicas municipais e modernizadas 509. Desde o final de 2007, com a instituição do Programa, as ações de livro e leitura foram impulsionadas dentro do MinC. Apenas no período de 2009 e 2010 o programa está investindo R$ 156,6 milhões, mais a contrapartida dos estados e municípios de R$ 34 milhões, em ações para o livro e leitura.
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Para este ano, além do Edital Mais Cultura de Apoio às Bibliotecas Públicas estão previstos R$ 21 milhões para a implantação de 420 bibliotecas e R$ 8,5 milhões para modernização de 250 bibliotecas em cidades com até 20 mil habitantes. Até o fim do ano serão investidos mais R$ 14,3 milhões em equipamentos de grande porte e bibliotecas onde funcionam as coordenações estaduais do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP). Estão contempladas neste recurso: a Biblioteca de Cruzeiro do Sul (2ª parcela); Biblioteca Digital Latinoamericana, no Pará; Biblioteca Pública de Santa Catarina; Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul; Biblioteca Thiago de Mello (2ª etapa); Biblioteca de Referência de Canoas, no Rio Grande do Sul; e Biblioteca Pública do Rio de Janeiro.

As ações estão em consonância com o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que prevê como eixos principais a democratização do acesso ao livro e leitura, o fomento à leitura e formação de mediadores, a valorização da leitura e comunicação e o fomento da economia do livro.

Leia matéria completa aqui.